As técnicas de investigação criminal que aparecem em livros e programas de televisão com frequência são curiosas e intrigam muitas pessoas. Afinal, são ferramentas que permitem que o investigador trace uma teoria ou desenvolva hipóteses que possibilitam a antecipação de novas diligências e dão uma direção à apuração.
Assim, um dos principais objetivos das técnicas de investigação são a coleta de indícios de autoria de um crime e a prova da materialidade delitiva, ou seja, a existência real do acontecimento.
Se deseja conhecer mais sobre esse assunto que tem muita relevância no trabalho investigativo, conheça agora algumas das técnicas de investigação criminal.
Raciocínio por indução
O método do raciocínio por indução consiste em chegar a uma conclusão por meio de uma operação mental que estabelece uma verdade indiscutível, com base no conhecimento de determinados dados.
Um exemplo é que, hoje em dia, após diversos estudos aprofundados a respeito do assunto, sabemos que não existem duas impressões digitais idênticas – assim, atualmente, essa afirmação trata-se de uma verdade inquestionável e que é comumente utilizada durante as investigações criminais, em que os investigadores procuram por digitais nas cenas dos crimes para descobrirem o possível autor do delito.
Dedução
Sua utilização consiste em relacionar um acontecimento comprovado, ou tido como verdadeiro, a um fato observado na investigação, possibilitando uma conclusão.
Como um assassinato que ocorre em uma festa em que estavam presentes por volta de 50 pessoas no momento do crime. De todos os indivíduos que se encontravam no local quando ocorreu o homicídio, é do conhecimento de todos que 5 pessoas tinham algum tipo de problema com o homem que foi assassinado.
Assim, por dedução, é possível supor que o assassino esteja entre essas 5 pessoas e focar a investigação criminal nos desafetos da vítima, pois são indivíduos que tinham mais chances de cometer o crime.
Técnicas de entrevista e interrogatório
É fundamental conhecer o perfil criminal do suspeito para entender como o interrogatório deve ser realizado.
O ideal é analisar o sujeito e utilizar a técnica que mais se encaixa em seu perfil.
Evitar que o suspeito tenha contato com outras pessoas antes de ser interrogado para que ele não seja influenciado e tenha a sua fala comprometida.
É importante analisar se o suspeito é ligado ao lado racional ou emocional, se ele tem algum transtorno ou doença, se conta com alguma debilidade física ou intelectual. Todos esses itens são importantes para a preparação do ambiente do interrogatório.